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Velório: tudo que você precisa saber

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Velório: tudo que você precisa saber

Garantir uma despedida respeitosa é o melhor que podemos fazer por familiares, parentes e amigos que faleceram. Por isso, o velório é um momento que requer cuidados que envolvem tanto questões emocionais quanto burocráticas.

Muitas vezes, somos pegos de surpresa com essas perdas, fazendo com que o evento se torne ainda mais difícil. No entanto, por ser uma realidade inevitável a todos, é importante ter conhecimento prévio de como proceder.

Neste post, vamos esclarecer todos os pontos que você precisa saber sobre o que fazer em casos de falecimento, incluindo documentações e demais detalhes necessários para oferecer uma despedida digna às pessoas que ama. Continue a leitura e se prepare melhor.

O que fazer antes do velório
Receber a notícia do falecimento de uma pessoa é sempre impactante, mesmo quando há indícios dessa possibilidade, como em casos de pessoas idosas ou hospitalizadas. Além das questões emocionais, é preciso lidar com toda a parte burocrática que envolve a situação que, para cada caso, requer atitudes diferentes.

Falecimento por morte natural
Quando o falecimento acontece naturalmente e em casa, é preciso que um familiar próximo ou responsável chame um médico para constatar o óbito. Somente dessa forma é possível obter a Declaração de Óbito.

Se, porventura, não houver um médico que possa fazer isso, é necessário acionar o SAMU e procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Nesse caso, o delegado solicitará que a perícia se dirija à residência do falecido e, após, acionar o transporte para o IML (Instituto Médico Legal).

Falecimento por morte violenta
Independentemente de a morte ter ocorrido em casa, em via pública ou em outros lugares, mortes violentas precisam ser comunicadas à polícia. Assim sendo, é preciso um parecer da perícia técnica e científica antes do encaminhamento do corpo para o IML.

Falecimento em hospital
Mortes ocorridas em hospital podem ser tratadas de duas formas distintas. Antes de completar 24 horas de internação, o médico deve encaminhar o corpo para necrópsia para verificação do motivo e só depois emitir a Declaração de Óbito.

Caso o falecimento ocorra após 24 horas, o próprio médico responsável pelo paciente pode atestar a declaração, desde que não haja impedimentos legais ou éticos para isso.

Documentação necessária para liberação do velório
Com a liberação do corpo, chega o momento de preparar o velório. Mas antes de escolher a melhor forma de homenagear a pessoa querida, há outros detalhes burocráticos que precisam de atenção.

Declaração de Óbito
A declaração de óbito já citada neste texto, consiste em um documento assinado por um médico em que constam a causa e o horário da morte. Entretanto, essa assinatura também depende do motivo do falecimento e vai de acordo com os casos explicados anteriormente.

Laudo policial
É preciso apresentar esse documento para liberação do velório e do sepultamento em casos de morte ocorrida por acidente ou motivos violentos. Ele é emitido pela polícia após análise do Instituto Médico Legal, que determina a causa do falecimento e informações que podem levar, ou não, a uma investigação criminal.

Atestado de Óbito
Apesar de ser bastante confundido com a declaração, o atestado de óbito é emitido posteriormente a ela.

Trata-se de um documento expedido pelo cartório, com base nas informações apresentadas na declaração e no laudo policial, quando houver. Somado a esses, os documentos pessoais da pessoa falecida também precisam ser apresentados pelos familiares ou responsável.

O Atestado de Óbito contém todas as informações do falecimento, tais como dia, hora, local e causa, mas também dados como estado civil do falecido e nome do cônjuge; quantidade de filhos e nomes; se deixou bens, entre diversas outras informações.

Também chamado de Certidão de Óbito em algumas regiões, é com ele que a família dará prosseguimento ao velório e sepultamento. Ele também é fundamental para outras questões burocráticas, como encerramento de contas bancários, solicitação de seguros, inventário, saque do FGTS, entre outros.

Guia de sepultamento
Esse documento é o último passo antes do velório. Nele, é registrado e autorizado o sepultamento. Para sua emissão, é preciso ter definido onde e quando ocorrerá o enterro e, sempre que possível, já ter contratado os serviços funerários que o atenderá.

De modo geral, ela é emitida pela própria funerária contratada. Mas caso os familiares queiram, podem solicitar o documento por conta, indo diretamente a um cartório de registro civil em posse da Declaração de Óbito e dos documentos pessoais da pessoa falecida.

O que considerar na hora de preparar o velório
O velório é o momento reservado para que familiares, parentes e amigos se despeçam da pessoa querida. Por ser considerado um último encontro, é nessa hora que são prestadas as últimas homenagens e, também por isso, deve ser pensado com cuidado e muito carinho.

Preparo
O primeiro ponto que precisa de atenção na hora de providenciar um velório é o tempo que o corpo pode ficar exposto antes do sepultamento. De acordo com a Anvisa, o máximo permitido é de 24 horas, que são contadas a partir do falecimento.

Assim, se houver a necessidade de transporte do corpo para outra região, ou de aguardar amigos e parentes que venham de longe para a cerimônia, é preciso que a família solicite o preparo do corpo. O método de conservação garante que esse fique apresentável por mais horas, garantindo que todos consigam se despedir.

Cerimônias
Flores e demais agrados são itens comuns na hora de prestar uma última homenagem, mas o velório também é cercado por questões religiosas. O primeiro passo para definir o tipo de cerimônia que será oferecida deve ser considerar as crenças e vontades da pessoa falecida, respeitando, dessa forma, a religião que ela seguia em vida.

Isso também pode influenciar no local do velório, que não necessariamente precisa acontecer nas salas especiais dos cemitérios. Dependendo da crença, a cerimônia pode ser feita em um templo, capela ou até mesmo na casa do falecido.

Quais alternativas após o velório
Após todos se despedirem durante a cerimônia de velório, chega a hora do sepultamento. Para esse momento, os familiares têm duas alternativas, sendo o enterro tradicional ou a cremação.

A primeira opção acaba sendo a mais escolhida e isso ocorre por diversos motivos. Muitas pessoas ainda acreditam que enterrar é mais barato do que cremar. Em um primeiro momento isso até pode ser verdade, no entanto, o sepultamento tradicional gera custos em longo prazo, que envolvem valores referentes a manutenções, remoção de ossadas, uso do jazigo, entre outros.

Já o serviço de cremação pode até requerer um pouco mais de investimento no ato da contratação, mas depois a família fica livre de qualquer despesa e ainda tem a possibilidade de dispensar as cinzas do ente querido em um lugar importante para ele.

Os custos do velório e das demais etapas
Não há uma tabela fixa que determine os custos relacionados ao velório e ao sepultamento. Além de variar de região para região, há outros fatores que alteram esses valores, tais como o tipo de urna funerária (caixão) escolhida, se será enterro tradicional ou cremação, entre outros pontos.

No entanto, por ser uma condição que todas as famílias passarão um dia, é importante estar preparado para ela.

Por isso, em vez de dispensar de imediato e sem aviso uma quantia para dar uma despedida justa ao seu ente querido — a qual, muitas vezes, você não dispõe —, a melhor opção é contar com um plano funerário que pode ser pago ao longo da vida.

Dessa forma, tanto você quanto seus familiares estarão cobertos e poderão contar com toda ajuda necessária em todas as etapas, indo desde o apoio com a documentação, passando pelo preparo do velório e sepultamento.

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Fases do luto e o processo de aceitação da perda.

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Fases do luto e o processo de aceitação da perda.

Morte. Ela é inevitável. Sabemos desde cedo que irá chegar, porém não sabemos lidar com a fatalidade da humanidade. A dor do luto, então, é uma questão que nos toca desde nossa existência.

Mas, o que é luto? Podemos compreender o que significa luto como a tristeza profunda que sentimos pela morte de alguém. Tendo em vista o impacto emocional e psicológico nas nossas vidas, a sua compreensão passou a ser objeto de estudos de acadêmicos. As “fases do luto” ganharam destaque.

Modelo Kubler-Ross
O conceito mais disseminado é a dos 5 estágios do luto, concebido pela psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross. O modelo, originalmente parte do livro “Sobre a morte e morrer” de 1969, trata da relação de pacientes terminais com a morte.

Por conta disso, muitos profissionais questionam as ideias de Kubler-Ross e de 5 fases do luto, já que não trabalha sobre o conceito de luto em si. Entretanto, em 2004, a autora atualizou o modelo e lançou o livro “On Grief and Grieving: Finding the Meaning of Grief Through the Five Stages“. Nele, é possível perceber a manutenção dos estágios do luto, porém referentes, realmente, ao sentimento de tristeza pela morte de outra pessoa.

Kubler-Ross apresenta a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação como etapas do luto. Vale ressaltar, entretanto, que elas não são paradas obrigatórias em alguma linha do tempo da tristeza. Não existe necessariamente uma ordem entre elas e nem todas as pessoas passam por todas as fases. A dor é única, assim como cada um de nós.

Então, conheça abaixo as 5 fases do luto:

Negação
Nada faz sentido. Ficamos entorpecidos e entramos num estado de choque. Não acreditamos que nunca mais veremos aquela pessoa novamente. Não parece real. Por isso, não queremos acreditar. Negamos.

A negação e o choque ajudam a lidar com o luto e tornam a sobrevivência possível. Elas criam uma barreira psíquica para que possamos lidar o tanto quanto conseguimos. Como lidar com o luto nesse estágio pode ser complicado, mas aceitar a realidade da perda é o primeiro passo para a cura.

Raiva
Parentes, amigos, médicos e até o próprio jazido. A indignação e a raiva da perda de um ente querido pode ser direcionada para qualquer pessoa. A raiva é, na verdade, a nossa dor interna. Nos sentimos abandonados por aquele que partiu.

A raiva aparece como um contraponto da negação. Saímos do “nulo” da perda para um sentimento – mesmo que agressivo. Sentir é fundamental para processar o acontecido. A raiva dá uma estrutura emocional temporária ao vazio existencial deixado pela morte.

Negociação
A culpa, geralmente, acompanha a fase da negociação. Começamos a pensar o que poderíamos ter feito de diferente para mudar o ocorrido. “Se tivéssemos ido ao médico antes…” ou “Se eu tivesse mais cuidado…” são alguns pensamentos que podem surgir. Queremos, nesse contexto, negociar possíveis mudanças e fazemos promessas – muitas vezes ligados ao plano religioso.

Nesse caso, fica claro como as fases do luto estão conectadas e que não são necessariamente lineares. A etapa da negociação, muitas vezes, está ligada diretamente com a negação, pois, por não aceitarmos bem essa perda, começamos a imaginar cenários hipotéticos.

Depressão
Nessa etapa, somos assolados pela tristeza. O reconhecimento da perda traz profundas consequências. Ficamos mais reflexivos e solitários. A melancolia toma conta dos dias e nos sentimos desconectados das pessoas.

Vale ressaltar que essa depressão por conta do luto não é a mesma da diagnosticada clinicamente. Sentir-se assim após a morte de um ente querido é normal e é preciso certo tempo para processar melhor os sentimentos.

Aceitação
A etapa da aceitação é muitas vezes confundida com a noção de “estar bem” com o que aconteceu. Entretanto, este estágio trata de aceitar a realidade de que aquele ente querido está fisicamente ausente. Compreender que essa nova realidade é a realidade permanente é difícil, porém essencial nesse processo.

Luto eterno não existe. Claro, podemos ficar tristes quando lembramos de uma pessoa próxima que partiu há muito tempo, isso é normal. Porém, o luto serve para reorganizarmos nossas emoções e lidar com o fato de que ela não voltará – e, tudo bem, isso faz parte da vida.

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7 dicas para ajudar a superar o luto.

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7 dicas para ajudar a superar o luto.

O luto tem várias fases e pode ser melhor compreendido com o autoconhecimento. 

A morte sempre foi representada pelo ser humano nas mais variadas formas ao longo de toda a história. Na cultura ocidental, o ser encapuzado carregando uma grande foice é a mais popular, seguida dos mitos sobre deuses e deusas da morte enraizados na cultura de diversas civilizações, como Hades, deus dos mortos, na mitologia grega.

Mesmo sendo cultuada e mencionada desde os primórdios, a verdade é que nunca estamos realmente preparados para a morte. Não aprendemos na escola, nem na faculdade e nem ninguém nos explica como encarar a dor da perda.

A palavra luto tem origem no latim, “luctus”, e significa aflição, pesar, dor. O processo de luto é bem difícil e envolve questões emocionais, psicológicas e, em alguns casos, tem consequências físicas também.

1 – Não ignore o luto
A morte é uma transformação psíquica profunda e só é experimentada quando nos deparamos com a morte do outro, em geral, com a perda de uma pessoa querida.

Um dos psicanalistas mais famosos, Carl Gustav Jung, equipara a vida ao percurso do sol, em seu texto A alma e a morte (1934). Para ele, o sol nasce no horizonte e chega no seu pico ao meio-dia, e desce em curva descendente até o final da tarde, quando se despede do dia e morre. Esse fenômeno trilharia o mesmo caminho que a vida, onde todos os humanos vivos caminham sempre em direção a morte.

Por isso, assim como o movimento do sol e o processo da vida e da morte, superar perdas é uma transformação interna. Viver o luto é essencial. Não esconda-o ou evite falar quando precisar. Escolha pessoas em quem confia para desabafar, chore toda vez que sentir vontade e, principalmente, não tente ignorar essa fase da sua vida. Ela é necessária para entender melhor a si mesmo e o complexo sentimento que a partida do sol traz.

2 – Busque ajuda
O abraço de um amigo e a conversa com alguém querido sempre traz acalento nas horas difíceis. Mas a perda de um ente querido pode ser complicado demais de lidar para algumas pessoas. Por isso, buscar o auxílio de um psicólogo é essencial, justamente para compreender melhor os sentimentos desse momento e como encarar eles da melhor maneira possível, sem que eles tragam impactos maiores à sua vida.

Muitas pessoas que não conseguem lidar com o luto podem acabar desenvolvendo sérios traumas e doenças psicológicas, como a depressão. Ninguém é ensinado a viver o luto, por isso não se sinta na obrigação de ser forte o tempo todo. O ser humano tem fragilidades e isso não é vergonha alguma. Profissionais como o psicólogo especialista em luto tem grande conhecimento em métodos mais direcionados a essa fase.

3 – Não se isole
Uma das tendências de pessoas que sofrem com a perda de um ente querido é se afastarem dos grupos de amigos, da família e de eventos sociais, de um modo geral.

Existem algumas etapas do luto, como a negação, a raiva e a depressão. O isolamento, para esses três estágios iniciais, não é a saída mais indicada, pois o indivíduo que sofre com a perda é no seu momento mais frágil e pode se aprofundar em mares desconhecidos de si mesmo. Em alguns casos, a pessoa mergulha tão fundo que não consegue voltar à superfície, dando de cara com a tristeza, culpa e depressão.

Estar rodeado de pessoas queridas é um alento para a alma, pois elas emprestarão palavras de apoio, carinho, afeto e distração. É muito importante se engajar em eventos sociais assim que o luto for devidamente vivido.

4 – O luto não tem tempo
Quanto tempo dura um luto? Essa é uma pergunta sem respostas pois cada indivíduo tem o seu tempo de viver o luto. O fato é que as coisas nunca voltarão ao normal, é preciso ter isso bem claro. Muitas pessoas tentam esquecer que a morte aconteceu e seguir a vida, mas isso acaba por esconder sentimentos que precisam ser externados. Enraizar esses sentimentos só traz prejuízo, pois nunca são devidamente compreendidos e podem gerar toda a sorte de problemas.

Tem pessoas que lidam com a morte de modo mais rápido e conseguem compreender seus efeitos num curto período de tempo. Outras, demoram um pouco mais e, algumas, pode ser que nunca superem, pois não viveram o processo do luto de peito aberto. Não se cobre pelo tempo que está levando para se livrar dos sentimentos ruins que a morte gera. Viva o luto no seu tempo, por quanto for necessário, mas de forma alguma apresse a cura, pois é um momento delicado e que precisa de todo o tempo do mundo para ser tratado.

Imagine a dor da perda como um machucado. Algumas pessoas que procuraram ajuda mais rapidamente, conseguem se curar em menos tempo. Outras, que demoraram muito para ir ao hospital, vão demorar mais para cicatrizar a ferida. É assim com o luto. O processo de cicatrização depende de indivíduo para indivíduo.

5 – Desapegar não é esquecer
O renomado psicanalista Sigmund Freud escreveu: “A sombra do objeto recai sobre o ego”. A frase remete ao conceito de melancolia onde o objeto perdido é internalizado e identificado com o ego, revertendo o amor antes sentido ao ódio pela perda. Assim, a melancolia é um obstáculo no processo de recuperação.

É difícil se desapegar da rotina antes vivida com a pessoa que partiu. Os momentos, embora eternos, são uma marca de que algo que antes era comum e rotineiro, se foi. Dar de cara com esse breu da ausência é um dos momentos mais difíceis. Mudar a rotina pode ser a saída. Crie novos hábitos, seja sozinho ou com outras pessoas. Esse desapego pode ser sentido como traição ou culpa, mas ele é saudável e necessário.

Dar adeus não é fácil. Os cômodos da casa e os objetos da pessoa que partiu são um constante lembrete da perda. Alguns psicólogos sugerem a mudança desses objetos de lugar, seja guardando-os ou doando-os para pessoas que precisam. Tudo vai depender da reação da pessoa que ficou. Alguns são mais relutantes quanto ao isso pois pensam que mudar ou dar adeus aos objetos é esquecer, mas não é bem assim. Nada que fizer vai apagar as lembranças vividas. Caso não queira se livrar dos objetos da pessoa, tudo bem, também. Só não faça deles um culto triste e diário.

6 – Aos poucos, volte à rotina
Assim que passar as etapas inciais do luto de negação e tristeza, busque retomar atividades rotineiras. Algumas pessoas se sentem culpadas quando pensam em voltar à vida “normal” pois estariam banalizando a morte e esquecendo da pessoa que partiu. Esse sentimento é comum, mas não deve ser internalizado. Caso sinta que a culpa te persegue cada vez mais, impedindo-o de voltar a viver sua rotina e as atividades prazerosas, busque auxílio de um psicólogo!

7 – Terapia
“Para Freud, tanto o luto quanto a melancolia manifestam-se
enquanto respostas a essa perda. O luto, neste sentido, seria
uma reação sadia, ainda que dolorida, à realidade natural da perda,
que acomete a todos. No entanto, diz ele, ‘sob as mesmas influências
observamos, em algumas pessoas, melancolia em vez de luto, e
por isso suspeitamos que nelas exista uma predisposição patológica“., explica José Gilton Paz Leite, Mestre em Filosofia pela Universidade São Judas em seu estudo “Da perda não elaborada: A melancolia em Sigmund Freud”.

A terapia cognitivo-comportamental lida com o medo da morte, com as moções e comportamentos decorrentes do luto. O luto patológico nasce da negação da morte e ignora todas as etapas que necessitam ser vividas. Aqui, o processo do luto não termina como esperado e interfere na vida e nas atividades rotineiras da pessoa que ficou. É como aquele ferimento, como exemplificado anteriormente, que não foi cuidado e ainda dói e sangra.

A vida humana teria este mesmo caminho: crescimento, expansão e amadurecimento. Na metade da vida, obrigatoriamente, estaríamos nos dirigindo ao fim. A morte deveria ser nossa meta a partir desta fase e, por tal motivo, Jung coloca que só́ permanece realmente vivo quem estiver disposto a morrer com vida. E talvez esse seja o maior ensinamento do amor: poder suportar um silêncio sem resposta presente na perda, um silêncio, como diria Jung, que, em seu caso, só veio como resposta na forma de sonhos. Resposta que também encontrei em muitos de meus pacientes, um sonho ou um fato numinosamente surpreendente, que preenche o silêncio imposto no momento em que as pontes são cortadas, um vislumbre do que somos presente no enfrentamento da morte do outro, a certeza de que o mundo dos vivos e dos mortos formam um todo.

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O que é luto e como lidar com a morte de pessoas queridas?

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O que é luto e como lidar com a morte de pessoas queridas?

A sociedade em seu ritmo alucinante parece ter deixado de lado o fato de que todos nós somos finitos. Não pensamos na morte e nem em como lidar com a morte e o luto

A perda de pessoas queridas é sempre um desafio interno repleto de angústia, dor e questionamentos. Esse período de sofrimento é chamado de luto e não há um padrão a ser considerado, pois cada pessoa expressa de uma maneira sua reação emocional quando perde alguém que é de importância em sua vida.

Falar sobre a morte no geral é muito delicado. Por isso, lidar com os sentimentos de luto para algumas pessoas pode ser algo realmente complicado e com uma grande dificuldade de superação. É comum relembrar momentos únicos ou pensar em planos futuros que não acontecerão mais. Além disso, somos inundados por uma série de sentimentos, como saudade e arrependimentos, provenientes de coisas não faladas ou não feitas.

Temos a tendência de considerar a morte como um fato aceitável e natural apenas na velhice. Esquecemos que a concepção social da morte é resultado de todo um processo histórico marcado por diferentes sistemas econômicos e sociais, bem como por costumes que envolvem dimensões existenciais, subjetivas e espirituais.

Além disso, saber o que falar para uma pessoa de luto não é fácil. Em uma fase tão sensível, a paciência e entendimento devem estar vivos. Compreender esse processo de perda é fundamental no tratamento de todos que passaram por isso. Portanto, é necessário que cada um leve o tempo que for preciso para recompor-se e focar-se em seus objetivos pessoais.

Dor da perda e os sentimentos

Nós, humanos, não estamos preparados para enfrentar a finitude da vida. Ou seja, é sempre difícil falar sobre a morte ou saber se alguém de quem gostamos morreu.

Podemos falar de diversos tipos de morte: a natural, a não natural (acidentes, violência, suicídio), doenças graves, imprevistos clínicos. Porém, muitas vezes, eles aparecem na conta da lei da vida: nascer, crescer, amadurecer, envelhecer e morrer.

O ambiente e a forma em que a morte ocorre vai determinar em grande amplitude a forma como ela vai ser encarada. O comportamento frente a morte é determinado por diversos fatores. E, como qualquer outro comportamento, ele é selecionado pelas suas consequências e pelo repertório que a pessoa possui para lidar com o rompimento de vínculos.

A expressão do luto terá peculiaridades de acordo com os ritos familiares e a cultura. A dor da perda é avassaladora para o território emocional e psíquico das pessoas submetidas a essa experiência. Contextualizar a morte, num determinado momento, é de difícil execução.

O que é luto?

O significado de luto será diferente para cada pessoa. Muitos tentam assumir posturas contrárias aos seus sentimentos de dor, por medo de não sair da situação de tristeza e amargura. Porém, o correto, por pior que pareça, é se permitir sofrer. Somente quando extravasamos as emoções que conseguimos encontrar uma justificativa ao ocorrido e aceitar os fatos.

O luto é um conjunto de sentimentos que vem após uma perda significativa. O processo de luto é uma adaptação à perda e se organiza quando a morte é tomada como algo real. Ele ocorre com o enfrentamento, apontando certa disponibilidade para novos investimentos e, consequentemente, reorganizando a vida da pessoa.

É um processo saudável e necessário para a cicatrização e elaboração das feridas provocadas pela morte. É um trabalho subjetivo, com o estabelecimento de um real equilíbrio das referências e representações de espaço, tempo e identidade.

O luto é uma resposta inevitável que move o indivíduo a viver um processo de ajustes em todos os setores da vida. O luto patológico, ou luto complicado, é marcado por uma intensificação nos sentimentos, impedindo a reorganização da vida, a superação e o início de projetos futuros.

Sentimentos de raiva, culpa, impotência, perda, ansiedade, depressão, tristeza e desamparo fazem parte desse conjunto e do rompimento do vínculo.

Além disso, podemos classificar o processo de luto como toda adaptação à perda, independente do que se trata. Dessa forma, entende-se também que ele ocorre quando há algo que abale emocionalmente a vida de alguém, como, por exemplo, o término de um relacionamento.

Portanto, a definição de luto não está ligada somente à morte, mas ao fim de algo ou à uma mudança brusca que gere grande impacto emocional.

Classificação do luto

Não há como denominar tipos de luto, ele é um processo único e individual. Pode-se interpretá-lo em níveis, que partem da ideia de aceitação e da intensidade emocional com a qual o momento é vivido.

Sendo assim, não são todas as pessoas que chorarão compulsivamente e descontroladamente. Há também pessoas que conseguem manter sua rotina normalmente, porém, isso não significa que elas não estejam no mesmo processo de dor e compreensão. São somente modos distintos de lidar com o luto.

Há também o luto de pré-morte, ou seja, quando a alguém passa por um processo irreversível e os familiares e amigos queridos já começam a aceitar a perda antes mesmo dela de fato acontecer.

Estágios do luto

A psiquiatra Kübler-Ross aponta cinco fases para a elaboração do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Essas denominação não significa o fim do sofrimento, mas um período em que a pessoa deixa de lutar contra a morte e que facilita o enfrentamento.

Geralmente, essas fases se mesclam, dificultando a retomada do curso normal da vida de quem fica. Quando falamos em elaboração do luto, nos referimos a vivência da perda e das dificuldades em entrar em contato com as contingências do vazio que a perda causa.

Alguns autores colocam um período de quatro meses até dois anos para a superação desse luto. O que determina esse processo e a magnitude desse luto é o vínculo que existia com a pessoa que morreu.

Dessa forma, alguns estudos classificam o luto em etapas, que podem se expressar com todas as características citadas ou não:

Fase 1 – Negação: ocorre a negação da realidade e do problema, desse modo, tentam achar algum jeito para relembrar a perda. A pessoa evita falar do assunto e chora muito;

Fase 2 – Raiva: sentem ódio por considerarem uma injustiça e buscam um culpado pelo ocorrido – muitas vezes eles mesmos;

Fase 3 – Negociação: a pessoa busca uma solução para alterar o que aconteceu. Geralmente, negocia possíveis mudanças e realiza promessas;

Fase 4 – Depressão: a dor, tristeza e cansaço ficam mais fortes. O indivíduo se isola e sente-se impotente diante da situação;

Fase 5 – Aceitação: A saudade ainda continua, mas a compreensão faz com que seja possível enxergar novamente a vida com paz.

As 5 fases do luto não são um processo fácil e geram um impacto diferente em cada um. Por isso, a ação varia muito dependendo de cada pessoa e de aspectos como: proximidade, intimidade e se a morte foi inesperada. Então, por estarmos tratando de diferentes etapas não é possível saber quanto tempo dura um luto.

Sintomas no status de luto

Falar sobre o luto é importante, então, devemos conhecer também os sintomas e consequências desse período complicado. Não há como superar a morte de uma maneira fácil e cada pessoa sente a dor de forma diferente.

Para alguns, o tempo de luto será marcado pelo isolamento social, baixa autoestima e pessimismo. Para outros, as etapas do lutos podem percorrer a impulsividade, hostilidade e agressividade.

De qualquer forma, a dor do luto precisa ser sentida. Geralmente, será incômoda e trará altos níveis de irritabilidade, porém como enfrentar a morte de um ente querido será algo bem pessoal. 

Um dos cuidados, entretanto, no período de luto é a utilização de substâncias lícitas (álcool, tabaco) ou ilícitas (drogas tóxicas). A busca da realidade por meio desses agentes pode ser muito prejudicial para a saúde e dificulta a melhora emocional.

De qualquer forma, o processo de luto dá sinais de quando ocorre e devemos prestar atenção neles para procurar ajuda o quanto antes. Então, acompanhe os seguintes sintomas do luto e melancolia:

Crises de choro, raiva, estresse e ansiedade;

Alimentação compulsória ou falta de apetite;

Insônia;

Melancolia;

Sinais depressivos;

Falta de vontade de exercer qualquer atividade, como estudo e trabalho


Dicas para lidar com a morte de pessoas queridas

Não é possível precisar quanto tempo dura o luto. Por conta disso, é interessante saber de alguns modo sobre como lidar com a morte. Nesse sentido, veja a lista a seguir:

O importante é dar chance ao tempo, procurar encarar o luto como sinal de processo e um ciclo que terá fim. Ele poderá durar bastante tempo, por isso, é importante se livrar de cobranças e expectativas;

Procurar ajuda psicológica é uma maneira excelente de lidar com a dor, porque só assim a pessoa terá oportunidade de falar tudo que sente e que o incomoda. É importante ser ouvido e aconselhado por um profissional, que irá respeitar a dor e a direcionar da melhor forma;

Como lidar com o luto pode ser complicado, por isso, continue a vida da melhor forma possível, ou seja, vivendo a rotina;

Tenha sempre em mente boas lembranças, reviva somente as memórias boas e momentos felizes;

Reserve mais tempo para descansar, se cuidar e dar uma atenção maior para coisas que gosta de fazer.

Como tratar o luto

Primeiramente, é importante destacar que o luto não é um transtorno ou uma doença, ele é um processo natural de aceitação. Portanto, todos aqueles que sofreram perdas de entes queridos estão dentro do período de luto.

Não é necessário, nem indicado, que haja controle emocional por meio de medicamentos e tratamentos mais específicos, pois os sentimentos não devem ser, de forma alguma, contidos, e sim superados e compreendidos. Desta maneira, o mais indicado é um acompanhamento psicológico para que haja uma assimilação melhor dos fatos e para que a dor emocional seja amenizada.

Aconselha-se o tratamento psiquiátrico somente em casos de reações psíquicas no processo emocional, ou seja, quando o estresse, a insônia e a depressão tomarem o controle da situação e da vida da pessoa.

Terapia do luto

Nesse aspecto, a figura de um especialista na área de psicologia é de extrema importância para ajudar e contribuir para que essa fase de enlutamento possa ser enfrentada com mais suporte. É importante que o profissional tenha conhecimento em tanatologia e em terapia de luto e que entenda os significados da morte e do morrer.

As intervenções terapêuticas cooperam de forma eficaz nas reações frente a vivência da morte. O psicólogo permite que as pessoas se sintam amparadas, valida esses sentimentos e emoções e produz reflexão, elaboração e aceitação do luto.

O psicólogo, enquanto profissional da escuta, vai acolher a expressão da dor dos que vivem esse processo, apontando a necessidade de falar sobre os sentimentos e a expressão das emoções.

O aconselhamento do luto é uma estratégia de tratamento psíquico utilizada para que o luto seja superado e o ciclo com a pessoa falecida seja encerrado. Dessa forma, as pessoas que ficam podem seguir as suas atividades.

A terapia do luto é uma modalidade de atendimento clínico psicoterápico voltado para as queixas relacionadas a diversos tipos de perdas que envolvam o processo de luto.

A dor de uma perda

É importante frisar que o luto não é uma doença: é um momento de estresse e angústia frente a perda, que pode ser beneficiado se conduzido por um psicólogo. O profissional ajuda no apoio ao indivíduo, proporcionando uma adaptação e uma retomada à vida no seu cotidiano.

Temos que tomar cuidado para não medicalizar o luto com remédios desnecessários, pois o medicamento pode impedir que a pessoa tenha a real vivência dessa perda.

O sofrimento, frente a uma perda, é inevitável. O importante é encontrar um direcionamento para a resolução desse luto, a reorganização da vida e o investimento em uma vida emocional saudável com um novo sentido de existência.

Em cada uma das fases do luto, o mais importante é vivenciá-las, pois é uma etapa que precisamos encarar para aceitar e compreender os processos da vida.

Finalizando, o luto é uma travessia por um percurso que precisa ir da dor da perda até a completa ressignificação da pessoa que fica. Compreender esse trajeto implica na necessidade de conhecer e descobrir-se e, com isso, atingir uma nova dimensão enquanto ser humano.

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